A SCAPR – Conselho das Sociedades de Gestão Coletiva de Direitos de Intérpretes e Músicos, na sigla em inglês – acaba de divulgar a terceira edição do seu relatório geral, com números positivos de arrecadação. Em 2022, foram arrecadados € 880 milhões em direitos conexos (para intérpretes e músicos), ou quase R$ 4,8 bilhões. Milhares entre os mais de 1 milhão de associados às sociedades que compõem a SCAPR, incluída a UBC, foram beneficiados pelas distribuições, sendo que a execução pública, as cópias privadas autorizadas, a TV e o rádio continuam a ser as principais fontes de arrecadação.
De acordo com o relatório, a execução pública teve o maior salto entre todas as fontes — +39% em um ano, totalizando € 237 milhões arrecadados (R$ 1,29 bilhão) —, ainda como um reflexo da recuperação pós-pandemia. Centenas de novos acordos foram celebrados entre os membros da SCAPR, e o equivalente a R$ 970 milhões foram transferidos entre as sociedades afiliadas à entidade, com sede em Bruxelas (Bélgica). Em todo o mundo, 58 sociedades de 48 países participam. Na América Latina, a UBC é uma das três únicas associadas.
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Os principais números do relatório e as ações da UBC para reforçar seu setor de conexos
Vão até 20 de novembro as inscrições para o programa Subvenções Para Preservação e Pesquisa da Música Latina 2024, da Fundação Latin Grammy. São oferecidos quatro ajudas anuais a instituições musicais, musicólogos, pesquisadores, organizações sem fins lucrativos e indivíduos ao redor do mundo que estão valorizando e preservando o patrimônio musical latino. As subvenções oferecidas pela Fundação Cultural Latin Grammy se dividem em duas categorias:
•Duas Subvenções para Pesquisa com um valor máximo de US$ 5 mil cada, que financiam projetos centrados na investigação histórica, folclore e antropologia dos gêneros musicais latinos;
•Duas Subvenções para Preservação com um valor máximo de US$ 5 mil cada, que apoiam projetos destinados a arquivar e preservar o patrimônio da música latina.
As inscrições de candidatos qualificados serão analisadas por um comitê de peritos da América Latina, da Península Ibérica e dos Estados Unidos. Cada candidatura vencedora receberá um valor máximo de US$ 5 mil.
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Veja como pleitear uma das ajudas
A música gravada confirmou, no primeiro semestre do ano, o excelente momento que vive internacionalmente. As três principais gravadoras, Universal Music, Sony Music e Warner Music, geraram, entre seus negócios de gravação e edição, US$ 12,99 bilhões, ou US$ 1 bilhão a mais do que no mesmo período de 2022. Isoladamente, todas elas tiveram saltos expressivos nas receitas. Universal, a maior do planeta, somou US$ 5,556 bilhões (+7,8% em um ano); Sony, a segunda, alcançou US$ 4,465 bilhões (+11,15%); Warner, a terceira, chegou a US$ 2,963 bilhões (+5,5%).
Se analisadas as operações de edição e gravação separadamente, os resultados são interessantes. Na edição, a Sony assume o primeiro lugar mundial, com US$ 1,047 bilhão (alta de 10% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período de 2022). A Universal vem depois, com US$ 961 milhões (+3,55%), e a Warner fecha a lista, com US$ 540 milhões (+13,7%). No caso da música gravada, a Universal mantém o primeiro posto, com US$ 4,613 bilhões em receitas (alta de 8,6%). A Sony vem em seguida, com US$ 3,417 bilhões (+11,5%), e a Warner aparece em terceiro mundialmente, com US$ 2,425 bilhões gerados (+3,8%).
O streaming continua a representar algo como 66% das receitas totais, consolidando-se como o grande motor de crescimento anual das gravadoras. Somadas, as três arrecadaram US$ 6,9 bilhões em royalties pagos pelas plataformas de streaming de áudio e vídeo.
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A notícia completa no site da UBC
As editoras musicais independentes gozam de boa saúde, recuperam-se bem dos efeitos da pandemia de Covid19 e já respondem, combinadas, por uma cota global de 27,1% do mercado — mais do que a líder mundial do setor, a Sony Music Publishing, que tem 24,9%. Os números, do mais recente relatório do IMPF — o Fórum Mundial dos Editores Musicais Independentes, na sigla em inglês —, jogam luz sobre um setor que, nas contas do economista Will Page, movimenta um terço dos quase € 35 bilhões anuais gerados em direitos musicais.
Com a ajuda da Musixmatch, uma das mais conhecidas empresas de análise de dados do mercado musical internacional, o IMPF detalhou a origem das receitas da edição musical. Somando-se os valores arrecadados por sociedades de gestão coletiva, como a UBC, ao total que as editoras geram diretamente em negócios, os editores, em seu conjunto, ficaram com € 7,68 bilhões em 2021. Como os independentes são mais de um quarto desse setor, eles responderam por uma receita € 2,08 bilhões também em 2021, quase 7% mais que o € 1,95 bilhão de 2020.
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