por_Laura Miranda • de_Campo Grande
Ele nasceu na capital mundial do sertanejo, Goiânia. Como centenas (milhares?) de sua geração, sonhou alto: uma carreira bem-sucedida no gênero mais popular do país, um palco para mostrar suas composições de pegada simples e certeira sobre amores e desamores. Ao contrário da imensa maioria, se destacou.
Enquanto puder, vou continuar abrindo espaço para novos talentos da música brasileira.”
Aos 27 anos, Murilo Huff é um dos principais nomes do sertanejo no país, com mais de 300 composições — muitas gravadas por nomes como Bruno & Marrone, Michel Teló e Marilia Mendonça, de quem foi namorado e com quem teve um filho. Mas outros números mostram uma exitosa carreira também como intérprete: 8,2 milhões de audições mensais no Spotify e 1,5 bilhão de visualizações dos seus vídeos no YouTube.
“Pra quem começou com um DVD de investimento próprio, com um dinheiro que levantei da composição, passo a passo estou conseguindo rodar o Brasil, colecionar feats com os meus ídolos… As palavras que traduzem o que sinto são gratidão e resiliência”, diz à Revista este artista que acaba de voltar à UBC, primeira sociedade à qual se filiou quando começou.
Gosto muito de falar sobre tudo que envolve o amor. Passa muito sentimento, muita verdade.”
Em menos de 10 anos de carreira, você tem mais de 300 composições próprias, várias delas hits na sua voz e nas de outros muitos intérpretes famosos do sertanejo. Como consegue compor tanto?
MURILO HUFF : Não tem explicação. Sempre tento ficar atento a temas, histórias que tenham um papo diferente, mas que estão presentes no nosso cotidiano.
Como descreve a sua música?
Eu sou de uma linha de um sertanejo mais romântico, gosto muito de falar sobre tudo que envolve o amor porque, além de abrir diversos caminhos, passa muito sentimento, muita verdade.
Como outros nomes do sertanejo, você deu um passo internacional importante e fez shows nos EUA ano passado. Essa trilha vai continuar?
Claro! Acredito que o passo mais difícil já foi dado ao abrir as primeiras portas e fazer a primeira turnê. Os próximos vão ficando mais simples. Só o frio na barriga que não pode diminuir, mas ele é a parte mais prazerosa da música.
Em meio à estratégia amplamente difundida de buscar feats com outros grandes nomes para multiplicar os públicos, você tem encontrado tempo para participar de projetos de pessoas que estão começando. Por quê?
Quando percorre diversos caminhos e processos atrás de um sonho, você sabe apontar as maiores dificuldades e também o quanto algumas pessoas foram importantes. Então, sempre procuro dar espaço pra galera mais jovem, ou com uma expressão musical menor, porque lá atrás fizeram isso por mim, e só eu sei o quanto me ajudou. Enquanto puder, vou continuar abrindo espaço para novos talentos da música brasileira.
Como se sente ao voltar para a UBC?
Estou muito feliz por poder trabalhar com uma equipe tão incrível. A UBC foi a primeira associação à qual me filiei. Agora estou podendo voltar. Bate uma nostalgia. •